terça-feira, 5 de abril de 2011

Aqui o buraco é mais em baixo

Todo arquiteto já passou ou vai passar um dia por esse grande problema da profissão: a DESUNIÃO da classe e a desvalorização do projeto.

BOM, o motivo deste post é aquela boa e velha desunião da classe e falta de valorização e planejamento do projeto. A gente que "vive aqui no mundo real", projetando, passa por isso todos os dias (bom, eu passo) - me deparo com estes problemas de falta de ética, de falta de planejamento, falta de valorização do projeto, daquela mania histórico-cultural do brasileiro de dar "o jeitinho" em tudo e de não valorizar o planejamento. Toda essa desvalorização do projeto e do planejamento (tanto do próprio arquiteto, quanto da sociedade) é que traz a desunião. É um paradigma: quanto mais desvalorizado o projeto, mais o arquiteto fica desunido e quanto mais fica desunido, mais o projeto é desvalorizado...

Então, pensei se realmente deveria escrever este post (que é meio um desabafo) pois, num primeiro momento, poderia estar fugindo tema a que me propus escrever aqui: meio ambiente, arquitetura, e sustentabilidade. Mas a sustentabilidade na arquitetura está intrinsecamente ligada à qualidade do projeto, que por sua vez está ligada à uma boa gestão entre todos os envolvidos, que começa no... projeto, na concepção, nos estudos. E, a qualidade dessas etapa é, afinal, o grande fator para proporcionar a sustentabilidade da construção final no Brasil. Por isso, desvalorizar o processo de projeto torna o caminho para uma arquitetura sustentável muito mais difícil.
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